sexta-feira, 15 de junho de 2012

ORGANIZAÇÃO DE TEMPOS E ESPAÇOS: ROTINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Em se tratando de espaços para a Educação Infantil, entendemos que estes não podem ser feitos de qualquer maneira, aleatoriamente. Na verdade, precisa haver todo um planejamento para que estes espaços tragam benefícios e aprendizagens para as crianças. Entendemos que através de atividades lúdicas as crianças aprendem muitas coisas, brincadeiras que incluem o faz-de-conta também ajudam no desenvolvimento dos mesmos. Mas para que tudo isso venha a acontecer é importante a organização dos espaços de educação Infantil, de forma que as crianças tirem o melhor proveito deste espaço para suas aprendizagens. Conforme afirmou Campos de Carvalho (1994) “o espaço é parte integrante da ação pedagógica, e não apenas um pano de fundo”. É preciso estar atento a que tipo de espaço está sendo disponibilizado à elas. Os espaços de educação infantil, em outros tempos, foram elaborados de modo a gerar um controle de disciplina, tendo as classes organizadas em fila na sala de aula. Isso é intencional, pois desta maneira, as atividades giram em torno do adulto, no caso, o professor. O objetivo é claro: controlar e vigiar. Veja o que HORN diz a respeito disso: “[...] as construções de diferentes instituições. Como quartéis, hospitais e escolas, inspiram-se em modelos que evidenciavam a premissa de que o importante era a possibilidade de o vigilante ver a todos sem ser visto; porém, provocando a sensação nos observados de estarem sempre sendo vigiados, instalando o controle dentro de cada um.” (2004, p. 25) As crianças precisam ter liberdade pra fazer suas explorações e suas descobertas. Não podem ficar limitadas a cadeiras e mesas. Pois desta maneira, elas ficam muito limitadas. Cabe ao educador não agir como um vigilante, conforme a citação acima, mas sim, como um mediador. As crianças aprendem por meio de suas atividades, não somente físicas, mas também mentais, mais ainda se os contextos forem ricos e desafiadores. “A organização da rotina se faz, principalmente, a partir dos horários destinados á alimentação, à higiene, ao sono e ás atividades individuais e coletivas das crianças, tendo como referência básica a organização das salas de aula em cantos e recantos, o que permite a atuação do adulto, com bastante descentralização de sua figura frente aos alunos. Os cantos considerados fixos são os da casa de bonecas, o da biblioteca, o da higiene, o da música. Ao lado destes, existem os que vão mudando conforme o projeto desenvolvido pela professora, ou conforme datas comemorativas importantes, ou de acordo com o interesse das crianças. (HORN, 1998, p. 34) A rotina trás uma organização para a sala de aula. Os cantos temáticos trazem muitas possibilidades para as crianças desenvolverem-se através de atividades lúdicas. Estas podem explorar estes recantos de maneiras diversas. Sendo que cada atividade contribui para sua aprendizagem e seu desenvolvimento como um todo. BIBLIOGRAFIA: HORN, M. G. S. Montaber: o cotidiano de uma creche. Revista do Professor; Rio Pardo: Ano 14, n.53, p.33 – 37, jan./mar. 1998. HORN, M. G. S. Sabores, cores, sons, aromas: a organização dos espaços na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2004. Por Ana Cristina

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