terça-feira, 5 de junho de 2012

BRINCANDO TAMBÉM SE APRENDE!

Segundo Tânia Ramos Fortuna: “A transmissão e a valorização da brincadeira é uma dessas trilhas que levam o indivíduo à condição de membro de um grupo, gerando laços de pertencimento e compromisso.” Através da brincadeira, a criança tem o entendimento de pertencer a um grupo, a uma comunidade, a uma família. Ela sente-se como se pertencesse, como se fizesse parte de um grupo. A brincadeira trás a ela esta noção.
Os brinquedos sempre fizeram parte da vida das crianças de todos os tempos. E estão relacionados ao convívio social.
Tânia argumenta: “[...] a nova definição do espaço urbano, com suas possibilidades e restrições às manifestações lúdicas, incide sobre a infância.” Antigamente, as crianças tinham mais liberdade para brincar, pois brincavam nas ruas, nas praças, andavam de bicicleta, tinham mais espaço para se desenvolverem ludicamente. Atualmente, com menos espaços para socializar e brincar, com a urbanização das cidades, e ainda a questão da segurança delas, cada vez menos se tem visto crianças brincando nas ruas. Infelizmente elas saem perdendo com isso.
Tânia lembra que: “[...] os adultos continuam tendo uma participação importante na introdução das crianças no mundo do brinquedo e, por conseguinte, no mundo social.” Os adultos precisam compreender a importância do brincar para o desenvolvimento pleno das crianças. E também ajudar a introduzir brincadeiras e jogos no dia a dia dos pequenos. Este dado não pode ser ignorado.
Quando recusamos tempo e espaço para a brincadeira infantil, desencorajamos as crianças a brincar. Dessa forma, impedimos que as crianças utilizem um importante meio para compreender o mundo, a si mesmo e aos outros e expressar sua compreensão. Através da brincadeira infantil, a criança compreende o mundo e tudo o que está à sua volta. Com as brincadeiras de faz de conta, por exemplo, a criança pode viver diversos “personagens”. Através disso, ela se desenvolve, cria situações, enfrenta conflitos, supera medos, etc.
Tânia complementa: “Vivenciados na brincadeira, cooperar, competir, ganhar, perder, comandar, subordinar-se, prever, antecipar, colocar-se no lugar do outro, imaginar, planejar e realizar, são aspectos fundamentais à aprendizagem em geral, presentes também na aprendizagem de conteúdos escolares.” Aspectos vivenciados na brincadeira são importantes para toda a vida, para as experiências e vivências presentes e futuras, além de estarem presentes na aprendizagem escolar.
Para finalizar, Tânia conclui que: “Assegurar tempo e espaço para brincar através de uma atitude valorizadora e participativa da brincadeira contribui, decisivamente, para o desenvolvimento e a aprendizagem das novas gerações, confirmando que brincar é, sim, aprender.” O brincar precisa ser valorizado e incentivado, e através de brincadeiras e jogos, muito se aprende.
(Reflexão de Ana Cristina)

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